quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Cientistas descobrem novo planeta composto por água em sua maior parte

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Um grupo de astrônomos descobriu a existência de um novo tipo de planeta, composto em sua maior parte de água e com uma leve atmosfera de vapor, indicaram nesta terça-feira o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (Cambridge, nordeste dos Estados Unidos) e a Nasa.
Trata-se de um planeta fora de nosso sistema solar denominado "GJ1214b", descoberto em 2009 graças ao telescópio espacial Hubble da Nasa, e que, segundo recentes estudos de um grupo de astrônomos, tem "uma enorme fração de sua massa" composta de água, indica um comunicado conjunto.

                  Desenho do GJ1214b fornecido pela Agência Espacial Europeia
Em nosso sistema solar existem três tipos de planetas: rochosos e terrestres (Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte), gigantes gasosos (Júpiter e Saturno) e gigantes de gelo (Urano e Netuno).
Por outro lado, existem planetas variados que orbitam em torno de estrelas distantes, entre os quais há mundos de lava e "Júpiteres" quentes.
"Observações do telescópio espacial Hubble da Nasa acrescentaram este novo tipo de planeta", ressaltaram o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Nasa em seu comunicado, onde explicam os estudos realizados pelo astrônomo Zachory Berta e por um grupo de colegas.
O "GJ1214b", situado a 40 anos luz da Terra, é considerado uma "super-Terra", com 2,7 vezes o comprimento de nosso planeta e sete vezes seu peso.
Ele orbita a cada 38 horas ao redor de uma estrela vermelha anã e possui temperatura estimada de 450 graus Fahrenheit (232 graus celsius).
Em 2010, um grupo de cientistas liderado por Jacob Bean havia indicado que a atmosfera de "GJ1214b" deveria ser composta em sua maior parte por água, depois de medir sua temperatura.
No entanto, suas observações também podem ter sido feitas em razão da presença de uma nuvem que envolve totalmente o planeta.
As medições e observações efetuadas por Berta e por seus colegas quando o "GJ1214b" passava diante de seu sol permitiram comprovar que a luz da estrela era filtrada através da atmosfera do planeta, exibindo um conjunto de gases.
O equipamento do Hubble permitiu distinguir uma atmosfera de vapor e os astrônomos conseguiram calcular depois a densidade do planeta a partir de sua massa e tamanho, comprovando que tem "muito mais água do que a Terra e muito menos rocha".

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

EUA comemoram cinquenta anos de seu primeiro voo em órbita

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Os Estados Unidos comemoram na segunda-feira o 50º aniversário do primeiro voo em órbita feito por um americano, mas a celebração tem um gosto um pouco amargo em um momento em que os conquistadores da Lua dependem da Rússia para realizar seus voos tripulados.
Às 09h47 do dia 20 de fevereiro de 1962, e em sua décima primeira tentativa, o astronauta John Glenn decolava do Cabo Canaveral a bordo de um foguete Atlas. Glenn deu três voltas na Terra em um pouco menos de cinco horas.
Cerca de um ano depois da primeira viagem ao espaço feita por um homem, o soviético Iuri Gargarin, o sucesso desta missão devolvia a confiança na corrida espacial aos Estados Unidos e transformava, da noite para o dia, seu protagonista em herói nacional.
Cinquenta anos depois Glenn, de 90 anos, não esqueceu a dimensão política de sua façanha.
Os soviéticos "afirmavam naquela época que eram tecnicamente superiores a nós porque seus foguetes voavam, enquanto os nossos costumavam explodir no lançamento e que o sistema social deles também era superior ao nosso", disse o astronauta americano na sexta-feira à imprensa em Cabo Canaveral.
"Naquela época se especulava muito sobre o papel que o comunismo podia ter no mundo. É nesse contexto competitivo da Guerra Fria que veio uma parte do incentivo para o programa (orbital) Mercury", explicou Glenn.
Scott Carpenter, que foi o segundo americano a orbitar a Terra no dia 24 de maio de 1962, lembra que os primeiros voos em órbita prepararam os primeiros passos do homem na Lua sete anos depois, em julho de 1969, nas mão dos americanos.
"Esses voos mostraram ao país que apesar de estarmos atrasados em relação à União Soviética podíamos superá-la e fazer exatamente o que tinha ordenado (o presidente John) Kennedy, que era irmos à Lua antes dos russos", disse Carpenter, que estava com Glenn.
O passado faz os veteranos custarem a digerir a dependência atual dos astronautas americanos das naves russas Soyuz para ter acesso à estação espacial internacional (ISS, na sigla em inglês), desde que os transportadores do Tio Sam foram retirados em julho.
"Não temos sistema de transporte para viajar da nossa estação espacial. Devemos ter contratos com os russos, por mais estranho que possa parecer para a maior nação espacial do mundo", disse Glenn.
O astronauta, que foi senador democrata de 1974 a 1999, acusa a administração do ex-presidente George W. Bush de sacrificar as ambições espaciais americanas cortando os fundos da NASA.
"É uma pena. Espero que os esforços para recriar nosso próprio sistema tenham êxito", disse o ex-astronauta.
A NASA conta com o setor privado para desenvolver um sistema que substitua os transportadores antes de cinco anos. A companhia americana SpaceX deve efetuar um primeiro lançamento de teste a partir de 20 de março.
Mas em um momento em que a China busca enviar homens à Lua, Scott Carpenter lamenta que os Estados Unidos tenham "perdido sua determinação".
"Quando John e eu trabalhávamos para o país com a NASA, os Estados Unidos eram considerados uma nação onde tudo era possível", disse. "Nos transformamos em um país onde nada é possível e lamento profundamente", acrescentou.

Putin ganha amostra de água "própria para dinossauros"

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MOSCOU, 10 Fev (Reuters) - O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, ganhou um drink apropriado para dinossauros nesta sexta-feira, quando foi presenteado com uma amostra da antiga água de um lago subglacial antártico perfurado por cientistas russos.
Cientistas russos afirmaram nesta semana que perfuraram uma crosta congelada da Antártica até o vasto Lago Vostok, que permaneceu intocado por ao menos 14 milhões de anos preservando o que os cientistas acreditam ser organismos desconhecidos e pista para a vida em outros planetas.
"Bem, você bebeu a água?", perguntou Putin ao ministro dos Recursos Naturais russo, Yuri Trutnev, depois de ganhar um frasco da água que o governo disse ser do Vostok.
Parecendo aturdido, Trutnev garantiu que não experimentou nem uma gota da água.
"Teria sido interessante, sabe: dinossauros beberam e Trutnev, membro do governo russo, também", disse Putin com um sorriso.
O ministro então disse que não queria ser um dinossauro.

Putin recebe água do lago Vostok na Antártica

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O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, recebeu nesta sexta-feira água do lago Vostok, retirada por cientistas russos após uma perfuração de cerca de 4 km de gelo na Antártida, uma missão que a Rússia considera um sucesso extraordinário.
O ministro de Recursos Naturais e Ecologia, Iuri Trutnev, entregou ao homem forte do país uma garrafa contendo o líquido, explicando que a água foi dada sem nem mesmo ter sido analisada em laboratório, segundo o site do governo.
Questionado sobre a idade desta água, Trutnev informou que ela deve ter de "um milhão a trinta milhões de anos. É a primeira vez que conseguimos água datada deste período. Ninguém tem nada parecido", declarou.
Vladimir Putin perguntou ao seu ministro, em tom de brincadeira, se ele havia bebido a água. "Não", respondeu Trutnev.
"Ah, isso teria sido engraçado. Ela seria bebida pelos dinossauros e Trutnev, membro do governo da Rússia", disse o chefe do governo russo.
A água recebida por Putin, na verdade, não vem do lago, mas da última camada de gelo que o cobre e que os cientistas russos conseguiram perfurar depois de quase 20 anos de trabalho. As primeiras garrafas não devem ser extraídas antes de dezembro de 2012.
Segundo a agência de notícias Ria Novosti, esta última camada é, sem dúvida, água do lago congelado e não de parte do gelo que cobre a Antártica.
Isolado da superfície por milhares de anos, o lago Vostok -- 250 km de comprimento e 50 km de largura -- pode abrigar formas de vida desconhecidas.

Cientistas estudam na Antártida o impacto da atividade solar no clima

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Sydney (Austrália), 9 fev (EFE).- Cientistas australianos buscam na Antártida evidências de partículas de raios cósmicos, provenientes de supernovas, que ficaram alojadas no gelo, para estudar seu impacto no clima da Terra durante o último milênio, informou a imprensa local nesta quinta-feira.
Os físicos Andrew Smith e Ulla Heikkila, da Organização Australiana de Tecnologia e Ciência Nuclear, viajaram até o continente branco para colher amostras de gelo e medir a presença de isótopos de berílio, partículas que se desprendem quando os raios cósmicos se chocam com o oxigênio ao entrar na atmosfera terrestre.
"Com as amostras de núcleos de gelo de berílio poderemos ter um indício real de como a atividade solar afetou o clima da Terra no último milênio", explicou Smith à emissora australiana "ABC".
O Sol tem papel "protetor" contra os raios cósmicos graças à heliosfera, uma espécie de bolha criada pelos ventos solares para desviar os raios, destacou Smith.
Se a atividade solar é menor, a heliosfera fica debilitada e permite uma entrada maior de raios cósmicos na atmosfera terrestre, gerando mais isótopos de berílio que ficam depositados ao longo do tempo nas camadas de neve na Antártida.
Os pesquisadores esperam encontrar amostras milenares no leste do Polo Sul e pretendem submetê-las a testes especializados nos laboratórios.
Smith e Ulla procuram obter a história do acúmulo de berílio na Terra para depois desvendar a história da atividade solar.
Os dois cientistas explicaram que as oscilações na quantidade de energia emitida pelo Sol tiveram um papel pouco significativo na mudança climática no último século, porém não descartam que durante períodos maiores de tempo tenham tido uma importância mais relevante.
"A relação histórica entre a atividade solar e a mudança climática da Terra" é um dos aspectos que o estudo poderá esclarecer. EFE

Lago na Antártica pode revelar evolução do planeta e novas vidas

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Cientistas russos afirmaram nesta quinta-feira (9) que uma sonda enviada a um lago primitivo sob o gelo da Antártica pode fazer revelações sobre a evolução do planeta e até mesmo novas formas de vida. Uma equipe russa fez uma perfuração até a superfície do lago Vostok, que, acredita-se, foi coberto por gelo durante milhões de anos, em um avanço anunciado oficialmente pelo Instituto do Ártico e da Antártica.
Cientistas afirmaram que as amostras de água que serão retiradas do lago até o fim deste ano podem revelar novas formas de vida, apesar das condições extremas. "Esperamos encontrar vida lá como nenhuma outra que exista na Terra", explicou Sergei Bulat, um biólogo molecular do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo, à AFP. "Se houver vida lá, será uma forma de vida que é desconhecida para a ciência. Nesse caso, estamos falando de uma descoberta fundamental, uma nova página em nossa compreensão científica da vida.
"Descobrimos um novo assunto para a ciência, ninguém nunca viu nada como isso", acrescentou Vladimir Syvorotkin, um especialista em geologia e mineralogia da Universidade Estatal de Moscou. "Os biólogos provavelmente encontrarão alguma bactéria desconhecida que se adaptou a estas condições", disse.
Os sedimentos do lago também revelarão mudanças na Terra e em seu clima nos últimos 20 milhões de anos, afirmou German Leichenkov, do Instituto de Geologia e Recursos Minerais do Oceano em São Petersburgo. "Para os geólogos, é importante perfurar e trazer de volta os sedimentos. Eles contêm informações sobre alterações no meio ambiente, o clima nos últimos 15 a 20 milhões de anos.Nós temos muito pouca informação sobre isso na Antártica e esta poderia ser uma fonte única de informação", contou.

Trabalhando em condições extremas no leste da Antártica, onde a temperatura média é de cerca de menos 50 graus Celsius, a expedição implantou uma sonda através do gelo por muitos meses, utilizando querosene como anticongelante. "Esta é nossa vitória técnica. Perfuração nestas condições climáticas complexas é difícil, além dos fatores da alta altitude e do gelo forte", explicou Leichenkov.
"É uma vitória técnica e psicológica importante. É importante parabenizá-los com isso, especialmente porque não existem outras vitórias. Essas pessoas são heroínas", disse Syvorotkin, da Universidade Estatal de Moscou.
O líder da expedição, Valery Lukin, comparou orgulhosamente o sucesso do projeto de longa duração com o primeiro voo ao espaço. Em um sinal da importância que o governo russo atribui à descoberta, o ministro dos Recursos Naturais e Ecologia, Yury Trutnev, visitou o local no início deste mês.
Os cientistas por trás da expedição afirmaram que a sonda não iria contaminar a água devido às técnicas empregadas, que utilizaram água pressurizada para puxar o fluido de perfuração menos denso para fora do poço. No entanto, um especialista do Greenpeace alertou para o risco de poluição na perfuração, citando cientistas internacionais.
"Muitos cientistas dizem que têm dúvidas e que o líquido para perfurar pode atingir este lago único com flora e fauna desconhecidas. É um risco", disse Vladimir Chuprov, chefe da equipe de energia do Greenpeace na Rússia.
O professor Martin Siegert, chefe da escola de geociências da Universidade de Edimburgo, afirmou à AFP nesta semana que o método de perfuração utilizando anticongelante significava um potencial para contaminação. "É muito difícil para eles convencer (outros) de que seu experimento será limpo, quando você tem essencialmente duas milhas (3,5 quilômetros) de querosene para atravessar antes de chegar à superfície do lago".
A difícil tarefa de atingir os sedimentos do lago também exigirá um método seguro de perfuração, explicou o geólogo Leichenkov. "Este problema já está sendo solucionado, temos especialistas muito bons trabalhando nisso", completou.

Cientistas russos atingem lago Vostok, no subsolo antártico

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Uma equipe de cientistas russos conseguiu atingir o misterioso lago Vostok, situado debaixo de uma camada de gelo de quatro quilômetros na Antártida, um trabalho que consumiu duas décadas de perfurações, anunciou nesta segunda-feira uma fonte do meio científico à agência Ria Novosti.
"Ontem (domingo), nossos cientistas terminaram os trabalhos de perfuração e atingiram a superfície do lago, a 3.768 metros de profundidade", sob a calota polar do Pólo Sul, declarou a fonte, sem dar maiores detalhes.
Contatado pela AFP, um porta-voz do Instituto russo de Pesquisas Científicas para o Ártico e a Antártida informou que só o governo russo poderia confirmar esta informação.
O fim dos trabalhos iniciados há mais de 20 anos permitirão fazer "um estudo científico fundamental" sobre as mudanças climáticas, acrescentou o porta-voz do Instituto, Serguei Lesenkov.
Isolado da superfície há centenas de milhares de anos, este lago de água doce com 250 km de extensão e 50 km de largura (12.500 km2) poderia conter formas de vida até agora desconhecidas.
"Os trabalhos de perfuração começaram em 1989 com o objetivo de fazer investigações sobre paleoclimatologia", explicou Lesenkov. Foi somente depois que "se descobriu que havia um lago logo abaixo do local onde se realizavam as buscas", acrescentou.
Mas no começo dos anos 90, "os trabalhos foram suspensos pela falta de financiamento, (pois) a situação econômica era complicada após a queda da URSS", em 1991, continuou Lesenkov.
As operações foram retomadas em 1996 e foram interrompidas em 1998, depois dos apelos da comunidade internacional, inquieta por uma possível catástrofe ecológica devido ao uso de tecnologia pouco adaptada a estes trabalhos delicados.
"Finalmente, os especialistas do Instituto de Minas de São Petersburgo desenvolveram novas tecnologias de perfuração e os trabalhos foram retomados em 2006", acrescentou Lesenkov.
No ano passado, o ministro russo de Recursos Naturais e Ecologia, Yuri Trutnev, havia declarado que em 2012 "um acontecimento de alcance mundial nos espera".
"Ninguém chegou a tal profundidade na Terra", afirmou.
O estudo da camada de gelo e da água do lago permitirá aos especialistas estabelecer um cenário de mudanças climáticas naturais para os próximos milênios.

Descoberta de lago na Antártida pode ajudar a encontrar vida extraterrestre

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Moscou, 15 fev (EFE) - A descoberta do lago Vostok, localizado na Antártida e que fica a quatro mil metros sob o gelo, é o primeiro passo para encontrar vida em outros planetas, como Marte, onde as condições são parecidas com as do continente gelado, disse à Agência Efe o chefe da expedição antártica russa.

"Na estação russa de Vostok, a temperatura chega a 89,2 graus negativos, e em Marte é de 90 graus abaixo de zero", afirmou Valery Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas (IIAA).




O cientista russo destacou que "os equipamentos usados para perfurar o gelo que cobria o lago e desenhados com esse único fim pelo Instituto de Engenharia de Minas de São Petersburgo foram um sucesso, por isso essa tecnologia poderia ser utilizada agora para explorar outros planetas".
"O lago da vida", como foi batizado pela comunidade científica, e que tem cerca de 300 quilômetros de comprimento, 50 quilômetros de largura e quase mil metros de profundidade em algumas regiões, pode ter a água mais pura do planeta, espécies desconhecidas ou muito antigas".
"Provavelmente é a água mais antiga e pura do planeta. Não temos provas concretas, mas sim informações de que a superfície é estéril, apesar de esperarmos encontrar formas de vida como termófilos e extremófilos (microorganismos que vivem em condições extremas) no fundo do lago", comentou.
Lukin revelou que a expedição russa, cujas perfurações demoraram mais de 20 anos para alcançar a superfície do lago, encontraram "rastros do DNA de termófilos" a 3,6 quilômetros de profundidade, por isso é provável que haja vida nessa massa de água líquida formada há 40 milhões de anos.
"Se não encontrarmos nada, isso também seria uma descoberta. Mas se acharmos algum organismo, poderemos estudar a evolução de espécies que não tiveram nenhum contato durante milhares de anos com a atmosfera terrestre", disse.
O cientista também está convencido de que o Vostok será um "polígono promissor" para estudar as zonas polares de Marte e o satélite de Júpiter, o Europa, que abriga uma camada de gelo e, possivelmente, água.
"E se houver água, significa que também pode haver vida", disse, citado pelas agências russas.
De acordo com Lukin, os resultados da investigação no lago serão fundamentais também para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos, pois o Vostok foi e continua sendo uma espécie de termostato isolado do resto da atmosfera e da superfície da biosfera.
Vários expedicionários russos vão hibernar na estação, mas ninguém tocará o lago até dezembro, quando a expedição será retomada.
"Se tudo correr bem, traremos amostras de água congelada à Rússia em maio de 2012. Aí saberemos se o Vostok é o lar de novos microorganismos, bactérias ou nada", disse.
O chefe da expedição antártica reconhece que alguns cientistas ocidentais se mostraram "céticos" com a descoberta e com o risco de que os russos infectem o lago, saturado de oxigênio com níveis de concentração 50 vezes superiores aos da água doce.
"Há muita disputa. Muitos países queriam ser os primeiros. Usamos equipamentos especiais de perfuração para não danificar o ecossistema do Vostok e respeitamos todos os protocolos internacionais da Antártida", garantiu Lukin.
Para a demonstração, o IIAA informou em seu relatório que 40 litros de água do lago foram bombeados à superfície, porém congelaram no caminho.
Os russos desenharam uma máquina dragadora térmica que utiliza fluido de silicone não contaminante depois que a secretaria do Sistema do Tratado Antártico pôs impedimentos à expedição russa por temer a contaminação do lago com o querosene usado pela perfuradora.
"Nem tudo se faz com dinheiro. Sem conhecimento, entusiasmo e capacidade, é impossível. Tenho certeza de que nem a revista britânica 'Nature' nem a americana 'Science' publicarão nossas conquistas, mas isso não importa", declarou.
Lukin garante que a Rússia é, pela primeira vez, líder mundial em algum campo científico desde que Yuri Gagarin se tornou o primeiro astronauta da história, em abril de 1961.
"É preciso reconhecer que a casualidade jogou a nosso favor. Os soviéticos não sabiam quando abriram a estação em 1957, e que justo debaixo dela havia um lago", confessa.
De qualquer forma, não faltaram elogios aos cientistas russos, que chegaram ao lago às 18h25 (de Brasília) do dia 5 de fevereiro, em particular por parte do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin - que foi presenteado com uma amostra de água do Vostok em um frasco de vidro hermeticamente fechado -, e do departamento de Estado americano.
O Vostok tem uma superfície de 15,6 quilômetros quadrados, parecida com a do Baikal, a maior reserva de água doce do mundo, e é o maior lago subterrâneo entre os mais de 100 que se encontram sob o continente.

Cientistas criam transístor do tamanho de um átomo

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Sydney (Austrália), 20 fev (EFE).- Cientistas australianos construíram o menor transístor do mundo a partir com um único átomo, o que representa um passo importante rumo ao desenvolvimento dos futuros computadores quânticos, informaram nesta segunda-feira (data loca) a imprensa local.
O diminuto aparelho eletrônico tem um único átomo de fósforo, o qual é colocado com muita precisão em um cristal de silício, publicou o portal de notícias do "Sydney Morning Herald".
No passado já tinham sido desenvolvidos aparelhos compostos por um único átomo, embora eles tivessem um erro de dez nanômetros no posicionamento de átomos, uma situação que afetava seu funcionamento.
O avanço dos cientistas australianos consistiu em colocar com "excelente precisão" o átomo de fósforo, assegurou a chefe do projeto e diretora do Centro de Computação Quântica da Universidade de Nova Gales do Sul e chefe do projeto, Michelle Simmons, segundo o SMH.
Para este projeto foi usado um microscópio de varrimento de efeitos para substituir um de seis átomos de silício por um de fósforo com uma precisão maior a meio nanômetro.
Assim, este único átomo de fósforo foi colocado entre dois pares de eletrodos, o primeiro a 20 nanômetros de distância e o outro a 100 nanômetros, explicou o SMH.
Ao aplicar voltagens ao longo dos eletrodos, o nanoaparelho operou como um transístor que amplia e muda os sinais eletrônicas, segundo a pesquisa publicada na revista "Nature Nanotechnology".
Este nanotransístor representa um grande passo rumo ao desenvolvimento de computadores quânticos, aparelhos de grande poder que permitirão realizar cálculos, quase de forma instantânea, que atualmente os computadores mais avançados não podem realizar.
Calcula-se que ainda deverão passar cerca de 20 anos antes que este tipo de computadores quânticos possam estar ao alcance do público. EFE

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Cientistas encontram a maior estrela do universo

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Cientistas encontraram o que pode ser a estrela com mais massa já descoberta, centenas de vezes maior que o próprio sol.
Segundo o astrofísico Paul Crowther, a estrela é duas vezes mais pesada que qualquer outra descoberta anteriormente, e é agora consideravelmente menor do que era antes, os cientistas estimam que a estrela R136a1 possui 265 vezes a massa do Sol, porém na época de seu “nascimento” esse número pode ter chegado a 320 vezes.

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“Na realidade, ela está queimando-se sozinha com tal intensidade que brilha com quase 10 milhões de vezes a luminosidade do sol”.
“Diferentemente dos seres humanos, essas estrelas nascem pesadas e perdem peso à medida que envelhecem ", disse o professor Crowther da Universidade de Sheffield.
O gigante foi identificado no centro de um aglomerado de estrelas na nebulosa de Tarântula, uma nuvem que se espalha por gás e poeira flutuando através de uma das galáxias vizinhas da Via Láctea.

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A estrela foi a mais maciça de vários gigantes identificado por Crowther e sua equipe em um artigo no periódico mensal da Royal Astronomical Society.


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Suíça estuda lançar 'aspirador' para limpar lixo espacial

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Cientistas suíços anunciaram nesta quarta-feira que planejam desenvolver uma máquina que funcionará quase como um aspirador de pó, capturando milhares de partes de satélites e foguetes abandonados a fim de limpar o espaço.
O Centro Espacial Suíço da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) anunciou o lançamento do 'CleanSpace' como o primeiro de uma série de satélites projetados para limpar lixo espacial.
Segundo a EPFL, "16.000 objetos maiores do que 10 centímetros de diâmetro e centenas de milhões de partículas menores rodeiam a Terra em velocidades de alguns quilômetros por segundo".
"Tornou-se essencial termos consciência da existência deste lixo e dos riscos que sua proliferação representam", afirmou Claude Nicollier, astronauta e professor da EPFL.
O centro espacial informou que está se posicionando além da retórica para "tomar uma ação imediata para tirar estas coisas de órbita".
O porta-voz do centro, Jerome Grosse, disse que duas opções são consideradas a respeito dos satélites limpadores.
Uma é de uma máquina capaz de capturar os destroços e depois queimá-los na atmosfera terrestre. A segunda é um modelo capaz de recuperá-los e depois ejetá-los na atmosfera, enquanto o limpador permanecer no espaço.
"Queremos oferecer e vender uma série completa de sistemas prontos, projetados da forma mais sustentável possível, que sejam capazes de tirar de órbita diferentes tipos de satélite", explicou o diretor do centro, Volker Gass.
"Agências espaciais estão, cada vez mais, considerando necessário levar em consideração e se preparar para a eliminação daquilo que elas enviam ao espaço. Queremos ser os pioneiros nesta área", acrescentou.
A EPL citou um estudo publicado em 2011 pela companhia de seguros Swiss Re, segundo o qual a cada ano há quase uma chance em 10.000 de um satélite com 10 metros quadrados colidir com um destroço espacial maior do que um centímetro.

Primeiro voo espacial privado à ISS pode ocorrer em março

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O primeiro voo de teste de uma nave espacial comercial à Estação Espacial Internacional (ISS) poderá ocorrer no fim de março, anunciou a Nasa nesta quinta-feira.
A nave espacial Dragon, propriedade da companhia SpaceX, poderá lançar-se a partir de 20 de março, apesar de não ser possível saber uma data mais concreta até o fim de algumas semanas, adiantou o porta-voz da Nasa, Mike Suffredini, aos jornalistas.
O lançamento, a primeira tentativa de uma companhia comercial de se acoplar ao laboratório orbital, foi inicialmente planejado para fevereiro, mas foi proposto por razões técnicas.
A Space X - propriedade de Elon Musk, empreendedor de internet e fundador do sistema de pagamentos online PayPal - já fez história em dezembro ao se tornar a primeira cápsula espacial privada a ser enviada a órbita e recuperada posteriormente.

NASA quer criar táxis para transportar astronautas

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Porque pegar ônibus não está à altura de astronautas desse nível…
Por Guilherme Abati
Com o fim do programa do ônibus espacial, a Nasa anunciou a criação de um projeto de fabricação de táxis espaciais para transportar astronautas entre a Terra e a ISS (Estação Espacial Internacional). Para isso, a agência precisa da ajuda de pelo menos mais duas empresas americanas.
O investimento da Nasa deve ficar em torno de 300 a 500 milhões de dólares, segundo o Space
_Vou de táxi “cê” sabe “tava” morrendo de saudade… _
As empresas que firmarem a parceria com a Nasa terão até maio de 2014 para concluir os projetos, para que as naves serem testadas entre 2015 e 2016. Para que, enfim, os astronautas possam ir de táxi a partir de 2017. O táxi terá capacidade para pelo menos quatro astronautas, segundo o National Post. Não foi informado em qual bandeira os táxis vão circular.

Nave espacial de transporte russa Progress chega à ISS

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A nave espacial de transporte russa Progress M-14M, com uma carga de quase 2,6 toneladas, chegou neste sábado à Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou o Centro de Controle de Voos Espaciais (TSOUP) em um comunicado.
Lançada na noite de quarta para quinta-feira a partir do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, a Progress transporta, principalmente, água e combustível, indicou o centro.
Seis homens estão atualmente a bordo da Estação Espacial Internacional, três russos, dois americanos e um holandês.
A indústria espacial russa teve um 2011 negro, com cinco lançamentos frustrados.
Em outubro, as investigações correspondentes indicaram "negligências" nos exames de controle das naves espaciais.

Nasa mostra imagens da aurora boreal no México, Canadá e EUA

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As imagens da aurora boreal que provocou as tempestades solares detectadas em janeiro foram captadas pela Estação Espacial Internacional (ISS) e publicadas nesta sexta-feira (10) pela Nasa (agência espacial americana) em forma de breves vídeos.
Os astronautas a bordo do complexo espacial obtiveram imagens noturnas nas quais se pode ver a luz esverdeada da aurora boreal sobre a escuridão do horizonte no Hemisfério Norte.
As imagens, tomadas entre 29 de janeiro e 3 de fevereiro, mostram centenas de cidades do México e do Golfo do México até a Costa Leste dos Estados Unidos.
Também há cenas que abrangem desde o estado do Texas até a região dos Grandes Lagos, assim como o fenômeno em sua passagem pelo Canadá.
As imagens foram tiradas de uma distância de 380 quilômetros a mais de 27 mil km/h, velocidade de órbita da ISS - plataforma que conta com a participação de 16 países.


Veja vídeo em inglês:

Retorno à Terra da tripulação da ISS atrasa ao menos 1 mês

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O retorno à Terra da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) será atrasado em ao menos 1 mês devido a uma falha detectada na cápsula Soyuz, informou nesta sexta-feira uma fonte da indústria espacial russa, citada pela agência Interfax.
Depois da descoberta da falha na cápsula da nave Soyuz TMA-04 M, que devia efetuar o próximo voo tripulado para a ISS em 30 de março, a cápsula de outro aparelho, Soyuz TMA-05, será utilizado para este voo, informou esta fonte.
Mas levando em conta o tempo necessário para os testes desta cápsula e os trabalhos preparativos, "o lançamento apenas poderá ser efetuado no fim de abril", segundo esta fonte.
"Isso quer dizer que a tripulação da ISS terá que ficar no espaço um mês mais" que o previsto, informou.
A agência espacial russa Roscosmos adiará os lançamentos previstos em março e maio dos dois próximos voos tripulados para a ISS, após a descoberta de uma rachadura na parede do Soyuz durante os testes de hermeticidade, anunciou nesta sexta-feira a agência Interfax, que cita uma fonte na indústria espacial.

Rússia adia lançamento de nave tripulada à Estação Espacial Internacional

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Moscou, 2 fev (EFE).- A agência espacial russa Roscosmos adiou para o dia 15 de maio o lançamento da nave tripulada Soyuz TMA-04M rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que estava previsto para o próximo dia 30 de março.
O chefe do programa de voos tripulados da Roscosmos, Alexei Krasnov, afirmou nesta quinta-feira que a próxima expedição à plataforma orbital partirá em uma nova Soyuz, segundo as agências locais.
A nave espacial escolhida para esta travessia sofreu graves danos durante alguns testes e por isso teve que ser substituída por uma de reposição, acrescentou.
Aparentemente, a Soyuz saiu danificada durante testes de segurança, disse um diretor da indústria espacial russa à agência "Interfax" que preferiu não revelar seu nome.
"Ao submeter a toda prova o hermetismo do módulo de descenso da Soyuz seu revestimento sofreu uma ruptura, pelo qual já não serve para um voo tripulado", explicou.
Por tudo isso, três dos seis atuais tripulantes da ISS terão que permanecer em seus postos seis semanas mais que o previsto e, em vez de retornar à Terra em 16 de março, voltarão apenas no dia 30 de abril.
A Roscosmos já teve que adiar o lançamento de outra Soyuz no final do ano passado, devido ao acidente sofrido em agosto por um cargueiro russo Progress, que levava carga vital para a estação e que caiu pouco depois da decolagem.
A este incidente se soma a perda de vários satélites e o fracasso em novembro passado do lançamento da sonda marciana Fobos-Grunt, erros que confirmaram a crise do programa de lançamentos espaciais russo.
A bordo da Soyuz TMA-04M viajarão à ISS os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta americano Joseph Acaba, membros da 31ª expedição da missão permanente na plataforma orbital. EFE

Lançamento da Soyuz à Estação Espacial deverá ser adiado

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Moscou, 27 jan (EFE).- O lançamento da nave tripulada russa Soyuz TMA-04M com destino à Estação Espacial Internacional (ISS), prevista para o próximo dia 30 de março, possivelmente será adiada até o final de abril, ou início de maio, antecipou nesta sexta-feira uma fonte da agência espacial russa.
O motivo deste adiamento, que não foi confirmado de maneira oficial, estaria relacionado com os problemas apresentados na nave durante os testes de segurança, disse um diretor da indústria espacial russa à agência "Interfax".
"Ao ser submetida a prova de hermetismo do módulo de descenso, o revestimento da Soyuz sofreu uma ruptura, pelo qual já não serve para um voo tripulado", explicou a fonte, que acrescentou que não há tempo para preparar outro módulo de descenso até a data prevista para o lançamento.
"Não temos nenhuma informação sobre adiamentos", disse à Agência Efe Alexei Kuzneetsov, porta-voz da Roscosmos, a agência espacial russa.
A bordo da Soyuz TMA-04M viajarão à ISS os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta americano Joseph Acaba, integrantes da 31º expedição da missão permanente na plataforma orbital. EFE

Rússia vai adiar missão espacial por problemas técnicos

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MOSCOU, 27 Jan (Reuters) - A Rússia pretende adiar em várias semanas a próxima missão para levar astronautas russos e norte-americanos até a Estação Espacial Internacional (ISS) devido a problemas com o veículo de descida da espaçonave, disse nesta sexta-feira uma fonte da indústria segundo a agência de notícias Interfax.
O esperado adiamento se segue a uma série de contratempos técnicos que estragaram as comemorações da Rússia de 50 anos, no ano passado, desde o primeiro voo espacial tripulado de Yuri Gagarin.
A fonte da indústria espacial disse à Interfax que o lançamento, originalmente marcado para 30 de março, seria adiado em várias semanas, possivelmente até maio.
A fonte acrescentou que o casco do veículo de descida, usado para transportar astronautas para a superfície da Terra ou para outros corpos celestes, se partiu durante testes antes da decolagem.
"Esse veículo de descida não pode mais ser usado em um voo tripulado", disse a fonte. "Portanto, o lançamento do Soyuz TMA-04M terá que ser remarcado até a segunda quinzena de abril ou a primeira quinzena de maio".
O Soyuz levaria os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergei Revin, além do astronauta norte-americano Joseph Acaba para a ISS, um complexo de pesquisa de 100 bilhões de dólares que orbita 385 km acima da Terra.
(Reportagem de Thomas Grove)

Astronautas russos iniciam 1ª viagem espacial de 2012

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Moscou, 16 fev (EFE).- Os astronautas russos Oleg Kononenko e Anton Shkaplerov, tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), iniciaram nesta quinta-feira a primeira viagem espacial do ano, na qual instalarão painéis protetores adicionais contra micrometeoritos.
A abertura da escotilha do módulo Pirs ocorreu com 15 minutos de atraso, às 12h30 (horário de Brasília), já que os tripulantes da ISS precisaram de mais tempo para igualar a pressão no módulo.
"Entre as principais tarefas está a mudança do guindaste de carga GStM1 do módulo de acoplamento Pirs ao de pesquisas Poisk", informou o Centro de Controle de Voos.
Os astronautas também cobrirão com painéis o compartimento de trabalho do módulo de serviço russo Zvezda contra micrometeoritos, além de vários experimentos para estudar o impacto das condições espaciais e da radiação cósmica no casco da plataforma e em diversos materiais caso haja tempo suficiente após o cumprimento dos objetivos principais.
Kononenko e Shkaplerov são membros da 30ª expedição da missão permanente na ISS, que também é integrada pelos americanos Daniel Burbank e Donald Pettit e o holandês André Kuipers, da Agência Espacial Europeia. EFE

China lançará em junho "Shenzhou 9" para acoplar ao módulo espacial

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Pequim, 16 fev (EFE).- A China lançará em junho a nave não tripulada "Shenzhou 9" para acoplar ao módulo espacial "Tiangong 1", com objetivo de dar continuidade ao programa de desenvolvimento de uma base permanente no espaço, informaram os responsáveis do projeto em entrevista nesta quinta-feira ao portal estatal de informação "China.org".
O objetivo da missão é criar uma estrutura canelada entre ambos os veículos, o que não foi feito no primeiro acoplamento espacial chinês, no ano passado, e permitirá a passagem de ar entre os dois, às vésperas de seu futuro uso por astronautas.
"A temperatura, umidade e a pressão serão controladas depois que o ar ventilar entre ambas as naves para garantir a segurança dos astronautas que irão até o módulo na próxima missão", detalhou Zhu Yilin, cientista do Instituto de Tecnologia Espacial da China.
Ao espaço, a "Shenzhou 9" levará animais e sementes para fazer experiências em condições de gravidade zero e radiação.
O próximo passo, em 2013, será o lançamento da "Shenzhou 10", que será tripulada por dois ou três cosmonautas e acoplada ao módulo, destacou Zhu Yilin.
A nave tripulada fará acoplamentos automáticos e manuais e experiências, além de tarefas de manutenção do módulo.
A China lançou seu último equipamento, o "Shenzhou 8", em novembro de 2011 e após duas semanas em órbita, a mesma foi acoplada à "Tiangong 1", tornando-se a primeira chinesa a realizar esse feito.
Especialistas em prospecção espacial estimam que atualmente o nível tecnológico da China é equivalente ao que tinham os Estados Unidos e a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS) na área na década de 60, mas está progredindo mais rapidamente do que Washington e Moscou, onde os problemas econômicos e as dúvidas sobre a viabilidade do projeto frearam os avanços durante anos. EFE

Asteroide passa de raspão pela Terra nesta sexta

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RIO - Um asteroide, batizado 2012 BX34, vai passar de raspão pela Terra na noite desta sexta-feira. Segundo os últimos cálculos dos astrônomos, o objeto de 11 metros de diâmetro, descoberto na última quarta-feira, chegará a 60 mil quilômetros do planeta, um quinto da distância para a Lua e o mais próximo desde junho do ano passado, mas não apresenta risco de colisão.
- É uma das maiores aproximações já registradas - disse à BBC Gareth Williams, vice-diretor de Centro de Pequenos Planetas, sediado nos EUA. - Ele chega à lista das 20 maiores aproximações, mas está longe o bastante que não há absolutamente nenhuma chance dele bater em nós.
Estimativas anteriores tinham colocado o asteroide como passando a 20 mil quilômetros da Terra, uma distância tão pequena que fica dentro da órbita onde satélites geoestacionários ficam, mas novas observações permitiram a correção dos cálculos de sua trajetória. Embora não seja visível a olho nu, o objeto pode ser acompanhado por astrônomos amadores.
- Já recebemos três séries de observações nas últimas horas de astrônomos do Reino Unido - contou Williams.

Asteróide do tamanho de um ônibus roça a Terra

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Um asteróide do tamanho aproximado de um ônibus roçou a Terra nesta sexta-feira como previsto, sendo um dos objetos espaciais a ficar mais perto de nosso planeta.
O asteróide, chamado 2012 BX34 e que mede de seis a 19 metros de diâmetro não era conhecido até que foi distinguido por um telescópio no Arizona na quarta-feira, disse Gareth Williams, diretor-adjunto da base americana Minor Planet Center que rastreia objetos espaciais.
O objeto passou a cerca de 60.000 km da Terra na sexta-feira por volta das 15h00 GMT (13h00 de Brasília). "Passou muito perto. É um dos 20 objetos espaciais observados que estiveram mais perto da Terra", disse Williams à AFP.
A Nasa anunciou no Twitter na quinta-feira que o asteróide "passaria sem perigo pela Terra em 27 de janeiro".
Williams explicou que como o asteróide era muito pequeno, só pôde ser detectado quando estava perto da Terra e que, apesar de ter sido uma surpresa, não foi nada fora do comum.
"Passou a um sexto da distância da Lua", disse.
"No último ano, detectamos 30 objetos que foram observados na órbita da Lua".

Europa apresenta satélites que medirão o campo magnético da Terra

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Berlim, 17 fev (EFE).- Os três satélites europeus que deverão medir com exatidão o campo magnético da Terra foram apresentados nesta sexta-feira no centro espacial de Ottobrunn, no sul da Alemanha, onde foram submetidos aos últimos testes.
Segundo os planos da Agência Espacial Europeia, os três satélites deverão ser lançados em julho da base russa de Plesetsk, no marco da missão Swarm.
Após algumas semanas, os cientistas esperam os primeiros dados, mas a importância da missão se baseia antes de tudo em uma observação durante um longo período.
Por isso, os satélites deverão colher dados durante pelo menos quatro anos. EFE

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Irã anuncia lançamento de satélite de observação espacial

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               O lançamento aconteceu na presença do presidente Mahmud Ahmadinejad



O Irã anunciou nesta sexta-feira o lançamento com êxito nesta sexta-feira de um pequeno satélite de observação experimental, o terceiro desde 2009.
"O satélite Navid foi lançado com sucesso e deve ser colocado em uma órbita de 250 a 370 km", afirmou Hamid Fazeli, o presidente da Organização Espacial Iraniana.
"O satélite pesa 50 quilos e foi enviado pelo lançador Safir", completou.
O lançamento, no momento em que o Irã celebra o aniversário da Revolução Islâmica de fevereiro de 1979, aconteceu na presença do presidente Mahmud Ahmadinejad, segundo a imprensa oficial.
O Irã lançou com êxito dois pequenos satélites experimentais: Omid em 2009 e Rassad em junho de 2011, com o foguete Safir.
Os lançamentos de satélites iranianos preocupam a comunidade internacional, que teme que o programa espacial permita ao país desenvolver mísseis balísticos capazes de transportar cargas nucleares, o que Teerã nega.