O diretor da Nasa, Charles Bolden, ao lado de outros altos funcionários da agência espacial americana, ex-astronautas e familiares, prestou um tributo esta sexta-feira às vítimas do acidente com o ônibus espacial Columbia, ocorrido há dez anos.
Primeiro ônibus espacial lançado ao espaço, em abril de 1981, o Columbia se desintegrou durante sua reentrada na atmosfera, em 1º de fevereiro de 2003.
Bolden e uma delegação da Nasa se reuniram no cemitério militar de Arlington, Virgínia (leste), onde estão enterrados os três tripulantes do ônibus espacial que protagonizou a tragédia.
A cerimônia principal foi celebrada no Space Mirror Memorial, do centro espacial Kennedy, na Flórida (sudeste), e contou com a presença da viúva do capitão da espaçonave, Evelyn Husband Thompson, de ex astronautas e representantes da Nasa.
"Há dez anos, sete astronautas deram a vida em nome da exploração, quando o primeiro ônibus espacial lançado ao espaço pelos Estados Unidos fracassou em seu retorno à Terra", lembrou o presidente Barack Obama em um comunicado difundido esta sexta-feira.
O acidente aconteceu quando o estudo térmico de uma de suas asas foi danificado pelo impacto de uma peça de espuma isolante, que tinha se soltado do tanque externo da nave pouco após seu lançamento, duas semanas antes.
Integravam a tripulação do Columbia cinco homens e duas mulheres.
Além do capitão Rick Husband (45 anos) e o co-piloto William McCool (41 anos), os astronautas que estavam a bordo eram Kalpana Chawla (41), de origem indiana, Michael Anderson (43), Laurel Clark (41), David Brown (46) e Ilan Ramon (48), o primeiro israelense a fazer uma viagem espacial.
Além de homenagear as vítimas da explosão do Columbia, a agência espacial americana lembrou esta sexta-feira os três astronautas da Apolo 1, mortos em um incêndio durante um exercício em janeiro de 1967, e os sete tripulantes do Challenger.
A explosão do Challenger, em 28 de janeiro de 1986, ocorreu 73 segundos depois da decolagem do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (sudeste).
A tragédia do Columbia deu o golpe de misericórdia no programa americano de ônibus espaciais.
Depois deste acidente, o governo do então presidente George W. Bush decidiu encerrar o programa, embora tenha permitido aos três restantes voar até 2011 para dar tempo de completar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Desde o último voo de um ônibus espacial, em julho de 2011, as naves russas Soyuz têm se encarregado do transporte de astronautas à ISS, com os Estados Unidos pagando US$ 60 milhões por assento.
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