Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um novo planeta fora do sistema solar que poderia ser habitável, do ponto de vista da distância que o separa de sua estrela, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira na revista científica Astronomy and Astrophysics.
O exoplaneta, batizado HD 40307g, cujo descobrimento amplia a crescente lista deste tipo de astros, gira em torno de sua estrela HD 40307 a cada 200 dias, e entra na categoria dos conhecidos como "super-Terra".
Ele está situado relativamente próximo a nosso planeta, a uma distância de 42 anos-luz (um ano luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) e conta com sete vezes a massa da Terra.
A estrela HD 40307, uma anã vermelha menor que o Sol e menos quente, emite raios de luz laranja. Conta, além disso, com outros dois planetas, contudo, estes, ao contrário do HD 40307g, estão próximos demais para que a água permaneça em estado líquido.
"HD 40307 é uma velha estrela anã perfeitamente estável e, portanto, não há razão alguma pela qual o planeta HD 40307g não pudesse manter condições que permitissem a existência de vida", disse Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Göttingen na Alemanha, um dos coautores do estudo, publicado online no site arxiv.org/archive/astro-ph.
O próximo passo após esta descoberta é utilizar potentes telescópios para observar diretamente o exoplaneta.
Segundo os cientistas, será necessário um grande número de observações para confirmar todas as similaridades do astro com a Terra.
O estudo mostrou que a distância entre o planeta e sua estrela é similar à do Sol e da Terra e que é provável que o planeta gire sobre seu eixo, o que criaria um ciclo de dia e noite similar ao nosso.
Até o momento já foram encontrados 864 exoplanetas fora de nosso sistema solar desde 1995 utilizando equipamentos de alta potência, como o telescópio Kepler, lançado em março de 2009 para buscar planetas semelhantes à Terra.
A maioria dos 846 planetas conta com uma massa superior à da Terra.